Resenha: Talvez Um Dia - Colleen Hoover


Talvez Um Dia

Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Título Original: Maybe Someday
Gênero: Romance / Jovem Adulto / Literatura Estrangeira
Páginas: 368
Ano: 2016
Sinopse: Sydney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex- melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia o apartamento... Tudo bem, até Sydney descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sydney encontra abrigo na casa de Ridge. Um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para compor e uma atração que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sydney precisa agora é se transformar numa traidora.



Sydney é uma estudante de música e divide um apartamento com sua melhor amiga, Tori, e namora com Hunter há dois anos. 
Todas as noites enquanto estuda na varanda, Sydney escuta seu vizinho tocar violão e, como uma amante de música, criou facilmente em sua cabeça letras para as melodias que ele compunha.
Entrementes, sua vida muda completamente no dia de seu aniversário de 22 anos, quando descobre que seu namorado a traiu com sua melhor amiga. Depois de dar alguns socos nos dois, ela se vê sozinha, sem casa, sem namorado, sem sua melhor amiga, puxando sua mala debaixo de uma tempestuosa chuva. Nada mal para o dia do seu aniversário.
Porém, para sua surpresa seu vizinho, Rigde, lhe oferece moradia em seu apartamento - onde mora mais duas pessoas -, para ela ficar o tempo que precisar, ela só precisa em troca desse favor ajudá-lo a escrever as letras de suas músicas, já que ele está enfrentando um bloqueio para compor.

Algumas vezes na vida a gente precisa de dias ruins para manter os bons em perspectiva.

Sydney e Rigde começam a compor as músicas e o que vai surgindo entre os dois é um uma amizade linda e inocente. Eles se aproximam de uma forma tão pura e intima, que é impossível mandar no coração. Com a proximidade diária entre eles, os sentimentos vão crescendo, mas ambos lutam para controlar o que estão sentindo, pois Rigde tem uma namorada e, a última coisa que Sydney quer é se tornar uma Tori.

É fácil lutar contra o desejo. Principalmente quando a única arma que o desejo tem é a atração. Não é fácil vencer uma guerra travada contra o coração.

O livro é narrado em primeira pessoa, intercalando entre Sydney e Rigde, o que nos deixa acompanhar melhor o que cada um dos personagens estão sentindo -  deixando tudo mais profundo. CoHo tem uma escrita bem elaborada, envolvente e com um toque de humor, que deixa a narrativa mais leve e viciante, você não consegue parar de ler. Como sempre, ela consegue com maestria criar personagens marcantes, únicos e humanos, que nos cativam do começo ao fim da narrativa.
Rigde e Sydney são personagens tão intensos, que eu me apaixonei pelos dois desde o princípio. A amizade entre os dois vai te encantando a cada virada de página e você vai acompanhando o crescimento dos sentimentos entre os dois e a luta interna que acontece dentro de ambos para evitar os setimentos. A relação entre os dois é linda, sensível e ao mesmo tempo tão complicada, que te deixa angustiada junto com os personagens. O que mais gosto nos livros da CoHo, é essa capacidade de criar romances tão intensos e improváveis, que quebram tabus, preconceitos e que mostra que o amor não escolhe entre o certo e errado.
Como é que duas pessoas ótimas e cheias de boas intenções podem acabar tendo sentimentos despertados por tanta bondade, mas que na verdade são tão ruins? 

O diferencial desse livro são as músicas e como elas se encaixaram perfeitamente no contexto do livro. A CoHo fez uma parceria com o músico Griffin Peterson, e criou uma playlist exclusiva para Talvez Um Dia. Quem me conhece sabe que eu amo ler escutando música, então eu achei incrível o livro ter uma playlist própria. As músicas são apaixonantes e deram total sentido ao enredo do livro, deixando-o mais intenso. (O que foi a última cena e a última música?! Meu Deus, foi a cena mais linda e tocante, chorei horrores hahaha) 
Eu me senti fazendo parte daquilo tudo, acompanhando de perto a criação das letras e os sentimentos que elas transbordavam e senti uma montanha-russa de sentimentos, ri, chorei e levei comigo lições lindas. 
Lutei muito, porque não queria que isso acontecesse. Mas, mesmo com a luta finalmente chegando ao fim, não sei se estou ganhando ou perdendo. Nem sei para qual dos lados eu estava torcendo e muito menos em que lado estou.
Talvez Um Dia é um livro que mostra que não se escolhe a quem amar ou deixar de amar. As coisas são bem mais profundas do que isso. É algo que vem do coração, que vai muito mais além de um lance corpo a corpo. É sensível, verdadeiro e ao mesmo tempo avassalador e incontrolável. CoHo não decepciona, ela tem esse dom maravilhoso de criar romances que te fazem ver a vida de um modo completamente inovador e diferente.


Resenha: "Sushi", Marian Keyes


Sushi

Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Título Original: Sushi for Beginners
Gênero: Chick-lit / Romance Irlandês
Páginas: 574
Ano: 2000
Sinopse: "Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo.


Lisa Edwards é uma mulher completamente sofisticada e ambiciosa, é editora na revista Femme em Lodres e está certa que irá conseguir o cargo de redatora-chefe e ser transferida para Nova York. Porém, ao invés de seu cargo dos sonhos em Nova York, ela recebe a infeliz notícia de que foi transferida para Dublin onde irá encarar o maior desafio da sua vida: começar uma revista  do zero, a Garota. Completamente frustrada e mal-humorada, Lisa embarca deixando o seu maior sonho para trás. Entretanto, ao chegar lá, ela se depara com Jack Devine, o diretor da revista Garota, e também um cara beeem atraente. Aparentemente, parece que as coisas vão ficar boas. 

Lisa percorria o caminho sombrio de sua vida como uma sonâmbula. Embora uma sonâmbula bem-vestida e prepotente.

Ashling Kennedy, é uma pisciana sonhadora, sensível, perfeccionista  e absurdamente ansiosa. Acabou de passar na entrevista e conseguiu o cargo de assistente da sofisticada Lisa Edwards na  revista Garota. Esse emprego novo chegou na hora certa, cansada de sua vida solitária, Ashling decidiu mudar e viver novas experiências e, até quem sabe, abrir seu coração para o humorista Marcus Valentine. As coisas estavam mudando, finalmente conseguiu seu emprego dos sonhos, tirando o fato que seu chefe Jack Devine a apelidou de Senhorita-Quebra-Galho - graças a sua mania de organização - as coisas não poderiam ficar mais perfeitas. 

Tudo o que Ashling sabia era que quase nunca se sentia completa. Mesmo nos seus momentos de maior realização, algo permanecia eternamente ausente, lá no mais íntimo do seu ser. Como aquele pontinho semelhante a um orifício que fica no negro da tela quando a televisão é desligada a noite.

Clodagh Kelly tem a vida que toda mulher sonha ter: casada com um príncipe lindo, dedicado e apaixonado, com uma casa situada no melhor bairro da cidade e tem dois filhos adoráveis. Mas, nada disso lhe satisfaz. Nos últimos tempos ela se vê entediada de ficar em casa sem fazer absolutamente nada e absurdamente cansada de cuidar da bagunça que seus dois filhos fazem o dia todo. Clodagh vem sentindo uma vontade incontrolável de viver uma história as escondidas com um sapo. 


No começo não se dera conta, limitando-se a supor que se tratasse de um episódio isolado. Seguido por outro episódio isolado. E mais outro. Mas em que momento um conjunto de episódios isolados deixa ser um conjunto de episódios isolados para se transformar numa série?

O romance gira em torno de três personagens: a editora Lisa, sua assistente Ashling e a dona de casa Clodagh, que é amiga de infância da Ashling. Três mulheres diferentes, mas com uma coisa em comum: a busca pela felicidade. 
Narrado em terceira pessoa, o livro é bem cômico e detalhado. Eu sou suspeita para falar da Marian Keyes, pois sou fã de carteirinha, mas não tem como negar, ela escreve super bem e sempre consegue nos levar para dentro de suas histórias.
Lisa é uma mulher independente e toda segura de si. No trabalho não deixa nada e nem ninguém impedi-lá de alcançar os seus objetivos. Consequentemente, é uma completa megera com os seus funcionários. Focou tanto em sua carreira, que abriu mão de seu casamento, mas aos poucos foi se dando conta do que perdeu. Lisa foi uma personagem que me ganhou aos poucos. Mesmo com seu gênero forte, o amadurecimento dela é visível no decorrer da narrativa. Com as mudanças em todas as áreas de sua vida, depois de muitos altos e baixos, ela passa por uma autorreflexão interior e acaba indo atrás do que realmente a faz feliz. Gostei muito de acompanhar o seu crescimento na estória.
   
Ela conseguiu rir por entre as lágrimas, mas sua garganta doía como se estivesse entalada com um pedregulho.
Já Ashling, sem duvida, foi a minha personagem preferida. Ela é engraçada, meio insegura, a rainha da ansiedade e bem organizada - chega até ser um tanto obcecada com organização - tanto que foi apelidada no trabalho como a "Senhorita-Quebra-Galho". Passou por muitos problemas na infância e no decorrer da sua vida, por isso que se fechou para qualquer tipo de sentimento. Porém,  ela está cansada da solidão, daria tudo para ter uma vida parecida com a da sua amiga, Clodagh, com um marido e crianças perfeitas. E ela está disposta a se apaixonar e encontrar o amor. E ela se apaixona, se envolve profundamente, mas também tem suas amargas decepções. O que gostei bastante foram os seus diálogos com o personagem Jack Devine, são super divertido, torci bastante pelo relacionamento dos dois.

Sobre uma pequena mesa, ele dispusera os pauzinhos, o molho se soja, o gengibre e os demais apetrechos e ingredientes, e então, com um capricho exasperante, pôs-se a preparar os rolinhos de arroz para Ashling.- Não é nada exótico demais - assegurou ele. - É sushi para...- ... iniciantes, já sei. - Ela se sentiu profundamente comovida, de uma maneira que teria sido impossível seis meses antes, quando sua alma estava com defeito.
Por outro lado, Clodagh foi a personagem que eu menos gostei. Ela é mesquinha, egoísta, invejosa e não faz absolutamente nada para mudar a sua vida. Não tem amor pelos filhos, não valoriza o marido e se faz de vítima e coitadinha o enredo todo. Sua amizade com Ashling é cheia de segredos e ela tem inveja da amiga por querer uma vida bem-sucedida igual a dela, o que gera uma trama bem interessante entre as duas. Ela magoa todos à sua volta e não pensa duas vezes quando o assunto é satisfazer a si mesma. Ao contrário das outras personagens, ela é a única que não consegue mudar e permanece na mesma vida estagnada de sempre. Mas, os seu atos geram consequências que acabam gerando resultados irreversíveis. Clodagh foi a narrativa mais chata e entediante da estória, tinha vezes que tinha vontade de pular as partes dela. Porém, ao desenrolar do enredo e a forma que as estórias das personagens se cruzaram, valeu cada página. Eu amei desfecho dela, tudo que vai volta, minha cara Clodagh.

- As revelações são como os ônibus, não são? - Perguntou, maravilhada. - Não passa nenhum durante horas e, de repente, passam três de uma vez.

Marian Keyes sempre me surpreende e nesse livro não foi diferente. Sushi conseguiu me fazer dar umas boas gargalhadas e me fez sentir cativada pelas personagens fortes e humanas apresentadas. Uma trama divertida e bem desenvolvida sobre mulheres que representam super bem o conceito da mulher contemporânea. Marian conseguiu detalhar minuciosamente vários estereótipos femininos com leveza e com seu toque único e tão característico de humor.
Para quem gosta de personagens divertidos e sombrios ao mesmo tempo e com uma leitura leve, mesmo abordando temas como depressão, com certeza vai amar Sushi - que se tornou um dos meus chick-lit favoritos.




Resenha: "O Lado Feio do Amor", Colleen Hoover


O Lado Feio do Amor

Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Título Original: Ugly Love
Gênero: Romance / Literatura Estrangeira
Páginas: 336
Ano: 2015
Sinopse: Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor. O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.


Tate Collins decide se mudar para o apartamento de seu irmão, Corbin, para se dedicar ao novo trabalho e ao mestrado de enfermagem. Assim que chega ao prédio, ela conhece de uma forma não muito agradável o vizinho e amigo do seu irmão, Miles Archer - um cara totalmente misterioso e difícil de decifrar e absurdamente lindo.  
Por outro lado, Miles Archer é um piloto de avião, que após viver o lado feio do amor, tornou-se um cara fechado, vivendo apenas para o trabalho e excluindo definitivamente o amor na sua vida - há seis anos ele não se relaciona com nenhuma mulher. Todavia, quando Miles conhece Tate a atração que ambos sentem um pelo outro é tão forte, que acaba sendo inevitável resistir.

Ele está em todo lugar. Todas as coisas são Miles. É assim quando alguém se sente atraído por uma pessoa. Ela não está em lugar algum e, de repente, está por todo canto, quer você queira ou não.

Assim que ele aparece, perco a guerra. A guerra que eu nem sabia que estava lutando. Não acontece sempre, mas, quando realmente acho um cara atraente, prefiro que seja alguém com quem eu quero me envolver. Miles não é essa pessoa [...] Mas é difícil não perceber a presença dele quando esta se torna tudo.  

Tate e Miles acabam se encontrando praticamente todos os dias no apartamento e frequentando os mesmos ambientes e, ambos, começam a sentir uma grande tensão sexual. Consequentemente, um acordo se firma entre eles: sexo sem qualquer tipo de compromisso.Porém, Miles estabelece duas regras: nunca perguntar sobre o passado dele e não esperar por um futuro com ele. Tate não gosta muito do acordo, mas ela se vê tão envolvida nesse relacionamento com Miles, que caba aceitando. 

Só queria saber do que é que ele tem medo, porque eu sei bem do que é que eu tenho medo. Tenho medo de como isso vai terminar.

Tate e Miles começam a transar sem compromisso e de início é as mil maravilhas, mas as coisas começam a se complicar. O grande problema é que Miles é absurdamente instável. E ao mesmo tempo que parece sentir alguma coisa por ela, também é inteiramente indiferente. Tate acaba percebendo que não é do tipo que fica confortável com sexo casual. Logo, a cada encontro sexual sentimentos profundos irrompem entre eles. De modo consequente, esses sentimentos geram grandes transtornos ao acordo entre ambos.


Tentei pra caramba. Mas, no segundo em que ela abriu os olhos e olhou para mim, eu soube de uma coisa: ou ela seria a minha morte... ou a pessoa que finalmente me faria ressuscitar.

Posso dizer de cara que essa foi a melhor leitura do ano até o momento. Colleen Hoover tem um jeito único e apaixonante de escrever, totalmente cheio de intensidade e com um toque brilhante de poesia. O livro é narrado em primeira pessoa e intercalado entre o presente, que é narrado pela Tate, e passado, narrado por Miles. No passado temos a visão de um Miles mais jovem e, a cada capítulo dele, descobrimos os motivos que o levaram a não querer amar mais ninguém novamente.
O fato de Miles ser tão fechado e profundamente quebrado por dentro, só me fez ficar mais curiosa para saber o trauma que o fez passar pelo lado feio do amor.
Tate e Miles tem um relacionamento tão arrebatador e conturbado e ao mesmo tempo tão afável e encantador, que eu simplesmente me emocionei e me apaixonei com cada pedacinho desses dois. O relacionamento deles é daqueles que não é só uma faísca, é uma chama completa - com toda certeza, entraram para a lista dos meus casais literários favoritos.

- O amor nem sempre é bonito, Tate. Às vezes você passa o tempo inteiro desejando que um dia ele mude. Que melhore. E aí, antes que perceba, você já voltou para a estaca zero e perdeu o seu coração em algum lugar no meio do caminho.

Cada detalhe que a Colleen Hoover inseriu na história, nos faz compreender os medos e receios de Miles e sentir a obstinação de Tate pra conseguir, de alguma forma, mostrar para Miles que ainda existe um lado belo do amor. Em vários momentos eu me vi tão envolvida, que tinha hora que eu estava rindo e um momento depois estava quase chorando. Essa é a magia de ler uma narrativa escrita por Colleen Hoover, ela tem esse dom de exalar sentimentos por meio das página, todos os momentos te prendem, inclusive as cenas hot, que nesse livro tem bastante, porém sem ser vulgar, mas sim, intenso - cheios de conflitos emocionais. 

Nós dois estamos ofegando entre as lágrimas. É intenso. É de partir o coração. É arrasador. É feio. É o fim.

A história não tem muitos personagens secundários, mas tem um personagem que ganhou meu coração, que é o Sr. Cap, que é um senhorzinho que é o capitão do elevador - quando vocês lerem vão saber o por quê. Ele foi um grande conselheiro, amigo e dono das melhores frases, não poderia terminar a resenha sem citar esse personagem tão adorável.
Enfim, no final do livro, finalmente descobrimos os motivos que levaram o Miles a se fechar para o amor. E é tão doloroso e tocante, que nos faz refletir e entender os seus reais motivos.
"O Lado Feio do Amor"  trata de forma bem humana como reagimos a um trauma e como superamos os obstáculos para sair dele. Entre a dor, tristeza e a culpa, o perdão foi literalmente libertador nessa história.
O livro é um romance arrasador, que vai fazer você viver emoções do começo ao fim. Com certeza, esse livro irá aflorar em você os mais profundos sentimentos.
Termino a resenha com um (de muuuuitos) quotes maravilhosos que esse livro tem:

A dor sempre vai estar presente.
O medo também.
Mas a dor e o medo não são mais minha vida. São apenas momentos.
Momentos que são constantemente ofuscados a cada minuto que passo com Tate.[...] Tudo isso vale a pena. São os momentos bonitos como esse que fazem valer a pena o amor feio. 


Classificação: 





Resenha: "Agora e Para Sempre, Lara Jean" - Jenny Han


Agora e Para Sempre, Lara Jean


Autora: Jenny Han
Editora: Intríseca
Título Original: Always and Forever, Lara Jean
Gênero: Romance / Literatura Estrangeira
Páginas: 304
Ano: 2017
Sinopse: Em Para todos os garotos que já amei, as cartas mais secretas de Lara Jean — aquelas em que se declara às suas paixonites platônicas para conseguir superá-las — foram enviadas aos destinatários sem explicação, e em P.S.: Ainda amo você Lara Jean descobriu os altos e baixos de estar em um relacionamento que não é de faz de conta.
Na surpreendente e emocionante conclusão da série, o último ano de Lara Jean no colégio não podia estar melhor: ela está apaixonadíssima pelo namorado, Peter; seu pai vai se casar em breve com a vizinha, a sra. Rothschild; e sua irmã mais velha, Margot, vai passar o verão em casa. Mas, por mais que esteja se divertindo muito — organizando o casamento do pai e fazendo planos para os passeios de turma e para o baile de formatura —, Lara Jean não pode ignorar as grandes decisões que precisa tomar, e a principal delas envolve a universidade na qual vai estudar. A menina viu Margot passar pelos mesmos questionamentos, e agora é ela quem precisa decidir se vai deixar sua família — e, quem sabe, o amor de sua vida — para trás.
Quando o coração e a razão apontam para direções diferentes, qual deles se deve ouvir?


Primeira resenha do ano aqui do blog! É, eu sei... Eu tomei chá de sumiço por esses meses, desculpa leitores! Mas estou de volta, uhuuuul <3 
E para a primeira resenha do ano, trago "Agora e Para Sempre, Lara Jean", a conclusão  da história fofa e divertida da nossa adorável Lara Jean, que se iniciou em "Para Todos os Garotos que Já Amei".

O ano escolar está quase acabando e Lara Jean está prestes a se formar. E junto com a formatura chega aquele temeroso momento: receber as respostas das universidades. 
O maior sonho de Lara Jean é entrar para a UVA - uma das universidades mais concorridas no estado da Virgínia -, pois entrando lá, todos os seus planos poderão acontecer perfeitamente. Lara Jean estará próxima de sua casa e da sua querida família e ela e Peter poderão se ver todos os dias. Tem coisa melhor?
Porém, algo algo acontece. Lara Jean recebe uma notícia maravilhosa e ao mesmo tempo assustadora, que pode mudar totalmente os seus planos. E ela não sabe ao certo o que fazer. Será que Lara Jean está pronta para aceitar uma mudança tão drástica?


Dou uma espiada nele. É assim que acontece? Você se apaixona e nada mais parece assustador, e a vida é apenas uma grande possibilidade?

Diferente dos seus drama com as respostas das universidades, seu relacionamento com a família não poderia está melhor. O seu pai está em um relacionamento super sério com a Trina, sua vizinha, e as coisas parecem diferentes em casa, mas é um diferente para melhor. Fazia anos que uLara Jean não via seu pai tão feliz; e Kitty está tão animada com a ideia de ter uma presença feminina na sua vida, que não seja a das suas irmãs mais velhas. Porém, Margot não gosta da situação, a ideia de chegar em casa e não reconhecer seu lar a assusta. As coisas não ficam fáceis entre ela e o pai, então Lara Jean se vê no meio dessa situação e tenta de todas as formas possíveis equilibrar as coisas em sua casa. 


Agora, hoje, ele ainda é um garoto e eu o conheço melhor do que ninguém, mas e se não for sempre assim?

Peter e Lara Jean estão vivendo uma fase maravilhosa no relacionamento. Os dois estão em clima de despedida da escola e planejando um futuro para os dois.O namoro não poderia está melhor, depois de tantas idas e vindas, eles finalmente perceberam que pertencem um ao outro.  Mas mesmo tão confiante e certa em relação ao seu relacionamento futuro com Peter, o medo começa a bater na porta de Lara Jean. Será que eles vão sobreviver à faculdade? Tudo passa pela cabeça da Lara Jean, o relacionamento da irmã com Josh que não aguentou a distância, será que com todas as expectativas de um futuro ao lado do Peter, eles vão realmente conseguir resistir a essa nova fase? Ambos se amam, mas Lara Jean se vê em conflito com seus sentimentos, será que o amor entre os dois é suficiente para eles seguirem um novo caminho juntos?

O que foi que Stormy disse? Na última vez que a vi, no dia que ela me deu o anel? Nunca diga não quando quer mesmo dizer sim.

O que dizer desse último livro? Fiquei feliz por ter sido um livro tão completo e fechado todas as pontas soltas dos livros anteriores e triste por ter que me despedir de personagens tããão queridos. Jenny Han conseguiu fazer eu sentir todas as emoção, medo, tensão e felicidade vivida por cada personagem. Os medos e dramas de Margot; As cenas engraças de Kitty e seus momentos emocionantes com Trina; E Peter com o drama de um pai ausente tentando se reaproximar e o apoio de Lara Jean. Diferente dos outros livros Peter passa por momentos difíceis, e em todo tempo Lara Jean esteve ao lado dele.
Nesse livro é bem visível o amadurecimento de Lara Jean e de todos os personagens envolvidos na trama. Apesar de todos os medos e de um  futuro incerto, o amor resisti. O apoio da família e a confiança entre Lara Jean e Peter são o que deixam a narrativa mais cativante e adorável.
Demorou muito para eu admitir pra mim mesma, mas eu tenho que confessar que eu me vejo muito na Lara Jean, ela é tão eu em alguns sentidos que até me assusta hahaha Deve ser por isso que esse último livro mexeu tanto comigo.
Peter e Lara Jean sempre serão um dos meus casais favoritos, por simplesmente compartilharem tantos momentos lindos, emocionantes, simples e com uma pureza de encher o coração - além de uma narrativa juvenil e leve.
"Agora e Para Sempre, Lara Jean" não é um romance daqueles arrebatador, mas sim, um amor jovem, puro e cheio de expectativas. Mesmo que o mundo diga que talvez não dê certo,o amor deles é suficiente para um estar lá pelo o outro.

Eu nunca vou esquecer essa noite enquanto viver. Um dia, se eu tiver sorte, vou contar para alguma garota jovem todas as minhas histórias [...] E vou poder vivê-las de novo.

O final não poderia ser mais apaixonante, foi completamente inesquecível a jornada até aqui, Lara Jean. Só consigo imaginar um futuro lindo para cada um dos personagens.
Obrigada Jenny Han por nos presentear com uma história linda e emocionante com personagens fortes e cheio de amor. E obrigada Lara Jean, por cada emoção transbordada a cada página me fazendo refletir sobre tantas coisas. Ah, e muito obrigada pelos cookies - quem diria que eu iria começar amar cozinhar?!