Resenha: "Dama da Meia-Noite (Os Artifícios das Trevas #1)", Cassandra Clare


Dama da Meia-Noite

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Título Original: Lady Midnight
Gênero: Literatura Estrangeira / Fantasia
Páginas: 574
Ano: 2016
Sinopse: Em um mundo secreto onde guerreiros meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada.
O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo. Parabatai pode ser tudo para o outro mas eles nunca podem se apaixonar.
Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma guerra aberta com os Caçadores de Sombras. Quando corpos de seres humanos e fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver os assassinatos dentro de duas semanas antes que o assassino coloque eles na mira.
Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado, ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se apaixonarem? Quem realmente matou seus pais e ela pode suportar saber a verdade?


Após cinco anos da invasão ao Instituto de Los Angeles - onde Sebastian Morgenstern junto de seus Crepusculares atacaram os Caçadores das Sombras para criar um exercito de Caçadores Malignos - a família Blackthorn e Carstairs nunca mais foram a mesma. Julian Blackthorn perdeu o pai para os Crepusculares, foi separado da irmã e do irmão mais velho e teve que se responsabilizar para criar os irmãos mais novos.
Emma Carstairs perdeu brutalmente seus pais, que foram assassinados, marcados por um ritual maligno e abandonados na beira do mar próximo ao Instituto e ela acredita ferozmente que os pais não foram assassinados por Sebastian Morgenstern, mas ninguém dos "grandões" acreditam. A Clave ignora, para poupar tempo e dor de cabeça, acham é birra da jovem, mas isso não impediu Emma de alimentar a sua sede de justiça.
Emma nunca conseguiu esquecer da morte dos pais e passou os últimos cinco planejando sua vingança, buscando pistas para encontrar o verdadeiro assassino e matá-lo com as próprias mãos. Até que alguns assassinatos estranhos começam a acontecer, todos ligados aos integrantes do Submundo, mas cada detalhe dos assassinatos lembram muito o dos pais de Emma, e só faz mais ela acreditar que o assassino de seus pais está de volta.
Emma ignora a lei e vai investigar no Mercado das Sombras e acredita que depois de cinco anos de busca, dessa vez irá conseguir descobrir quem foi que assassinou seus pais e principalmente, que irá acabar com ele.



" - Vingança não é família, Emma. Não é uma amiga e é uma amante fria." 


No Mercado das Sombras Emma percebe que as coisas são bem mais sérias do que ela imaginava e percebe que será uma tarefa perigosa, pois as fadas vai atrás dela no Instituto e, após a Guerra Maligna, as leis foram alteradas, onde os Caçadores não podem ajudar e muito menos se envolverem com as fadas, por causa da traição delas ao apoiar Sebastian Morgenstern. Porém, Emma persiste mesmo assim e acaba contando com a ajuda de Cristina e da família Blackthorn, que desde que seus pais morreram, passou a ser sua família também. 
O que eles não imaginavam era que essa investigação pelo mundo dos Submundos poderia envolve-los em um caso muito mais perigoso e misterioso, fazendo os infligir as leis da Clave de várias formas possíveis, pois as fadas querem -  tanto quanto Emma - descobrir quem é o assassino que anda matando os seres do Submundo, inclusive as fadas e fazem uma proposta a Emma e a família Blackthorn: oferecem a liberdade de Mark Backthorn - que é metade Caçador das Sombras e metade Fada, que foi levado pela povo da Caçada Selvagem. Agora, além de quererem descobrir o assassino por causa da Emma, eles têm de volta  Mark. E farão de tudo para mantê-lo finalmente em casa.


"Há amor aqui entre vocês. Tanto amor que fico até sem ar. Há até amor sobrando para mim." - Mark Blackthorn. 

No meio dessa crise toda, Emma e Julian - que são Parabatais - se aproximam cada vez mais, um ajudando o outro, seus laços se intensificando e ficando cada vez mais forte. Ser Parabatai é uma ligação que os fazem, de certa forma, um só. Um sente a dor do outro e quando um iratze (runa de cura) ou qualquer outra runa é aplicada por seu Parabatai, o resultado é bem mais forte, eficaz e mais rápido. E, essa aproximação acendeu um sentimento completamente intenso entre eles, que faz ambos ficarem assustados de como esse amor  "suga todas as suas forças". Porém, viver esse amor é impossível, já que pela lei da Clave, Parabatais não podem se apaixonar e, essa é uma das leis mais severas da Clave com uma punição mais severa ainda.  Emma e Julian têm que esconder seus sentimentos e controlar os seus instintos de quererem estar um com o outro. Além de seus sentimentos, eles estão mais perto de chegar no assassino, porém, consequentemente, algo bem mais sinistro virá junto. 


As pessoas superam corações partidos, e você é forte o bastante para superar isso mil vezes . Mas Julian não é uma pessoa que pode tocar seu coração. Pode tocar a sua alma. E existe uma diferença entre ter o coração partido e a alma estilhaçada.

A narrativa segue igual aos livros anteriores da maravilhosa Cassandra Clare, é narrado em terceira pessoa e temos o ponto de vista não só de Emma, mas de alguns personagens também. O que deixa o desenvolver da narrativa mais gostosa de se ler. E, quando disse que a Cassie é maravilhosa, é pelo simples fato dessa mulher conseguir continuar abordando o mundo dos Caçadores das Sombras sem ser repetitivo e muito menos cansativo, mas sim, de uma forma que te deixa animada e louca de curiosidade para saber o que vai acontecer. Uma das coisas que deixaram o livro mais interessante, foi o fato de a Cassie nos apresentar mais desse mundo dos Parabatais, nos mostrando como essa conexão funciona e o fato de ela nos mostrar mais sobre o mundo das fadas, principalmente a Caçada Selvagem. E, mesmo se tratando do meus mundo, Cassandra Clare conseguiu nos levar para uma nova história, com vilões novos, amores impossíveis e mistérios que te envolvem completamente. 


- Leis não signficam nada, menino - disse Malcolm, com uma voz baixa que mesmo assim ressoou. - não há nada mais importante do que o amor. E nenhuma lei superior. 

Como todo bom livro da Cassandra, seus personagens são incríveis, com personalidades únicas e cada um com seus dilemas - que Cassie nos apresenta de uma forma tão intensa, que não tem jeito, simplesmente acaba nos encantando. E, o melhor de tudo, Cassie acaba  matando a nossa saudade de personagens queridos, como os casais Clary e Jace, Izzy e Simon e Magnus e Alec... Cinco anos se passaram depois do livro "Cidade do Fogo Celestial" e temos a oportunidade de saber como estão esses personagens queridos! Amei saber sobre eles e eu fiquei tão feliz e suspirando com algumas coisas, que espero de verdade que no próximo livro dos Artifícios das Trevas, Cassie nos conte mais sobre eles também, já que ela deixou em aberto um assunto no capítulo extra que me deixou absurdamente curiosa! (Sacanagem, tia Cassie!!

Os Artifícios das Trevas tem tudo para estourar como Os Instrumentos Mortais, com um enredo envolvente, batalhas sangrentas, mistérios e um amor proibido completamente intenso e apaixonante... Essa trilogia tem tudo para dar certo! Eu amei e não vejo a hora de ler a continuação.



P.S: Enquanto eu lia, eu escutei "Chasing All the Star", da Fleurie e achei a música a CARA da Emma e do Julian... Se vocês quiserem escutar, eu coloquei a música pra vocês aqui no post! Confira:






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